O corpo da adolescente Nayra Gatti, de 14 anos, encontrado na tarde da última sexta-feira (10) em uma área de mangue em Caraíva, distrito de Porto Seguro, apresentava marcas de estrangulamento, conforme atestado de óbito fornecido ao pai da vítima. Segundo testemunhas, a vítima também estava seminua. A jovem desapareceu no final da tarde da última quinta-feira, quando todo o distrito estava sem energia elétrica devido às chuvas.
O corpo de Nayra, que tinha nacionalidade espanhola, estava caído a cerca de 150 metros da igreja. O cadáver foi avistado por volta das 16h por um morador que passava pelo local.
Em nota, a polícia informou que a Delegacia Territorial (DT) de Porto Seguro intensificou as investigações a fim de identificar a autoria e motivação do crime. O delegado regional Moisés Damasceno afirmou ao portal UOL que não pode divulgar informações para não atrapalhar a apuração.

DESAPARECIMENTO – O pai da adolescente, Sebastian Ricardo Gatti, afirmou ao UOL que a família notou o desaparecimento da garota na quinta-feira, e que fez buscas até o dia seguinte. Ele contou que foi a um mercadinho com Nayra e com a outra filha, de 9 anos, no final da tarde de quinta. “Ela sumiu e eu pensei que ela tinha ido para casa. Quando voltamos para casa, estávamos sem luz, porque estava um temporal grande. Ela [Nayra] não estava e nós pensamos que ela estava na casa de uma família amiga. Com a chuva e a falta de luz, não poderíamos fazer buscas e decidimos esperar pela manhã, com a expectativa de que ela estava nessa casa da família amiga”, contou Sebastian.
Na sexta-feira, o pai da adolescente a procurou na casa dessa família e também se estava na casa de uma professora da ONG frequentada por Nayra, mas não a encontrou em nenhum desses locais. Ele então mobilizou pessoas conhecidas para tentar encontrá-la.
Segundo Sebastian, a declaração de óbito indica que a morte da adolescente teria sido por “asfixia, estrangulamento, sufocamento”.
“Eu estou esperando que a Justiça encontre o culpado. É uma pessoa que não pode ficar à solta”, lamentou.
Sebastian, que mora há três anos em Caraíva, trabalha fazendo serviços de jardinagem na região. A família vive na Aldeia Xandó e Nayra estudava na escola municipal.